14.10.08

BALANÇO - FEST PARANÁ 2008 - Por RÔ CAETANO

FESTIVAL DO PARANÁ 2008

Breve balanço - por Rô Caetano

VALÊNCIO XAVIER - O grande escritor, cineasta e agitador culturalparanaense, Valêncio Xavier, está hospitalizado, enfrentando o Mal deAlzheimer. Tive a alegria de conviver com ele, no começo dos anos 90, aolado de Cosme Alves Netto e Francisco César Filho. Foi com alegria que vi "OMez da Gripe e..." levado às telas em "Mistéryos". Tive, desta vez, aalegria de assistir (em Curitiba) ao documentário Pão Negro, que ele,Valêncio, fez sobre a Colônia Cecília. A cópia foi presenteada a AlejandroSaderman, por Luiz Renato Ribas, que mantém na CineVideo, um mix de locadorae espaço cultural curitibano, um andar inteiro dedicado a DVDs de artistas,intelectuais e políticos paranaenses. Alejandro me emprestou cópia para queeu assistisse.

E por falar em COLONIA CECILIA volto a perguntar se alguém encontrou cópia,na internet, do filme do COMOLI. E pergunto, também, a PAULO BETTI, se aBand lançou, em DVD, a minissérie Colônia Cecília, que ela realizou, salvoengano, no começo dos anos 80 (ou finalzinho dos 70).

VAIA NO JURI -- O júri de curta não ganhou vaia. Mas o de longa (queintegrei) ganhou. Por duas vezes, nós -- Orlando Senna, Pitanga, Solange,Alejandro e eu -- ouvimos os apupos. 1. Quando se anunciou melhor ator paraa dupla "alucinada" Claudio Gabriel & Silvio Guindane. Parte do públicoqueria e torcia por Carlos Vereza, alter-ego de Valêncio Xavier, em"Mistéryos". O grande ator estava lá, acompanhando o filme, junto com aenorme equipe paranaense que o realizou. 2. Nova vaia se esboçou quando seanunciou um prêmio "pelo conjunto da obra" para um ator. Não era Vereza. Massim, o veterano Rui Rezende, que faz um coveiro-ajudante de Zé do Caixão em"Encarn. do Demônio".
Nosso júri foi muito harmonioso. Tive uma experiência muito feliz com estecolegiado. Juro, o melhor e mais ponderado com o qual trabalhei. Nãobrigamos (já peguei cada pau em júri!!!), discutimos com muito equilíbrio eponderação. Demos 3 prêmios para O GRÃO, do Ceará;

4 para FELIZ NATAL, do Selton (que vieram se somar ao do júri popular), edemos o maior prêmio -- 110 mil para o melhor diretor -- a dois realizadoresparanaenses. Solução política? Sim, mas também estética. O filme é cativanteem suas duas primeiras partes (a do desaparecimento da mocinha notrem-fantasma e a dos filmes pornôs brasileiros dos anos 20: nunca nosesqueçamos que Valêncio Xavier fundou a Cinemateca do Museu GuidoViaro-Paraná!!). Na minha opinião, o filme não segura o pique até o final,mas é uma boa surpresa paranaense. Fronteiras, do mineiro Rafael Condeganhou dois prêmios. O argentino Villa (Favela) ganhou roteiro. O filme doMojica ganhou dois troféus: direção de arte e especial para Rui Rezende.MOJICA esperava mais. Liz Vamp, a filha dele, me disse, no avião, na volta,que eles esperavam bem maissss!! Mas foi educada e muito simpática. Nãorolou nenhuma grosseria na relação do júri com os concorrentes que cobiçavamos imensos prêmios em dinheiro do III FEST PR. Não fomos distributivistas. Fomos, na minha opinião (suspeitíssima, claro!) generosos. Dos onzeconcorrentes, premiamos 7 (portanto, cinco nada ganharam).

CLARITA - Finalmente conheci, no Fest PR 2008, o filme de Thereza Jessourum,premiado com a Margarida de Prata, da CNBB. O filme acompanha os 16/17 anosde sofrimentos de Clarita (mãe de Thereza e de suas duas hermanas), vítimade Alzheimer. O filme é muito forte e corajoso. Soma imagens de Clarita, játomada pelo mal de Alzheimer, somadas a momentos em que ela é representadapor Laura Cardoso (eleita melhor atriz pelo júri de curta). No debate,Thereza explicou que não teve coragem de mostrar a mãe nos momentos maisdifícies da doença. Por isto pediu ajuda a Laura Cardoso. Numa conversa quetivemos depois, Thereza fez críticas ao filme canadense, "Longe Dela" (SallyPotter), que eu amo. Disse que o que se vê ali é romantizado perto do quesofre uma pessoa, vítima de Alzheimer. Me deu informações que eu não tinha. Mas, mesmo assim, continuo amando o filme canadense. E vejo que ele tocoufundo também a alma de Wim Wenders, que o escolheu para mostra especial, naMOSTRA SP 2008.

"UMA VIDA DIFÍCIL", DE DINO RISI -- Ittala Nandi, com ajuda de ClaudioValentinetti, organizou pequena Mostra DINO RISI (no catálogo do Fest PR,ele foi apresentado por texto resumido de Valentinetti. Quem quiser ler omaterial na íntegra -- assim como o ele escreveu para a mostra Glauberianas,outra paralela do Festival -- deve ir ao site). Não pude ver os 5 filmes.Mas a sorte me levou a pelo menos um deles:Uma Vida Difícil, de 1961, com Alberto Sordi (iluminado) e Lea Massari. Eunada sabia do filme. Nem que ele existia (Risi fez uns 80 longas!!!). Quefilme, dio mio!!! Tão bom quanto Il Sorpasso (aliás, feito no ano seguinte).
Trata-se de uma comédia inteligentíssima. Sordi é um jornalista e partigiano(um resistente contra o fascismo mussolinista). Conquistador contumaz epobre, ele vive numa pindaíba daquelas (durante a guerra e também nopós-guerra: o filme começa em 44/45 e vai até o final dos anos 50). Obem-estar dos anos 50 começa a lhe oferecer irresistíveis ofertas. Ele asaceitará para arrumar grana e dar a boa vida exigida por sua amada (LeaMassari)???? Esta é a questão do filme, que esbanja humor e picardia, com umretrato magnífico da Itália de então (o berlusconismo e seu poder midiáticoestão PRENUNCIADOS/profetizados). Se este filme fosse feito hoje, seriaCINICO até a medula. Mas naquele tempo ainda se acreditava em algo... AMEIIIde paixão. Alejandro Saderman tb ficou apaixonado pelo filme. FILME que,para completar, tem um colega do SORDI, um traficante de cocaína, que montauma casa noturna chamada: CANGACEIRO. E nela se ouve versão instrumentalde... AQUARELA DO BRASIL.

CHORO NA PARANÁ EDUCATIVA -- OUVI, na Rádio Paraná Educativa -- semprecaminhando no lindo Passeio Público curitibano, com seus pavões vaidosos! --um ótimo programa sobre "Bandas & Fanfarras" e outro sobre choro, comcomposições de Laércio de Freitas (autor da trilha de "Amassa Que ElasGostam") e outros bambas. Tudo com gravações da turma do CPC-UMES.

LETICIA SABATELLA, SIMONE SPOLADORE & MAUREEN MIRANDA -- Estas três atrizesparanaenses apresentaram as noites da mostra competitiva do Fest PR. Letícia& Simone com uma charmosa timidez. Maureen (é assim que se escreve?) comhumor e picardia. A moça é o cão chupando manga, tem presença de espírito, ébrincalhona na medida certa. Um achado!

FLORES & URTIGAS - Revi, em Curitiba, um amigo que não via há 20 anos: JobaTridente. Trabalhamos juntos no Correio Braziliense, em BSB. Ele era artistagráfico e jornalista. Eu, repórter e, depois, editora de Cultura. Matamos asaudade, falamos de um monte de coisas, atualizamos "vidas". Aí ele mecontou que tinha um curta na competição, chamado CORTEJO. Que gastara, com oco-diretor, Marcos Stankievicz, quatro anos para realizá-lo em 35 mm. Pediuque eu visse e opinasse. Gelei. Comentar filme de amigo é muito difícil. Masnão é que o filme -- de alma chapliniana-jacquestatiana -- é um encanto. Chama-se Cortejo, mas poderia chamar-se "Flores & Urtigas". Sem diálogos,ele se resolve só com a ação de quatro personagens. Um deles, o "volumoso" cineasta Geraldo Pioli.

DOSSIÊ RÊ BORDOSA -- A empatia deste filme com o público é um espanto. César Cabral, o diretor e co-roteirista, me disse que um longa brasileiro,que será lançado em janeiro, deseja tê-lo como complemento. Qual será? NoFest PR, ele fez barba, cabelo e bigode. Levou o público ao delírio!

GOVERNADOR CINEFILO - O que mais me chamou atenção no Fest PR 2008 (terceiraedição do evento criado por Ittala Nandi) foi a presença do polêmicogovernador Roberto Requião. Na noite de abertura, ele apareceu de calçajeans e jaqueta camuflada (tipo exército na selva). Sabia da fama dele, debrigão e "bocudo". Mas não o conhecia. Achei -- não nego -- curioso ofigurino dele. O cenário do Festival -- o belo MON - Museu Oscar Niemeyer --é dirigido pela mulher dele. Quando entramos no auditório (de quase 400lugares) para assistir a dois curtas (Pornografia, da Bahia, e "Luchador",de SP) e ao longa "Pachamama", de Eryk Rocha, Requião me surpreendeu maisainda (creio que aos outros convidados, também). Ao subir ao palco paradiscursar, ele já foi avisando "esta jaqueta de camuflagem se deve ao fatode que, tudo, no Paraná, é COMBATE". Seguiu falando de sua briga com aimprensa, pois, segundo ele, o antecessor alimentara os "insaciáveis" (palavra dele) jornais, rádios e TVs com mais de um bilhão de reais empublicidade, etc, etc. Falou da TV Paraná Educativa (e também rádio) ligadaa seu governo e foco central de muitas brigas dele com a oposição, etc, etc.
E contou que, na manhã de todas as terças, ele se reúne com seu secretariado-- com transmissão ao vivo pelas rádio e TV Educativa PR -- para discutirseus projetos de governo. (Amigos paranaenses me contaram que tal encontrofoi rebatizado e Escolinha do Requião). Ouvi no rádio (enquanto caminhava noPasseio Público) o que se passa(va) nesta reunião. Creio que dá frutospolíticos, pela transparência. Mas ... quando ele fala, a gente prestaatenção, pois tem uma voz poderosa, sintética e provocadora... mas quandoentram os secretários, o discurso fica muito técnico e cansativo...E por que falo disso tudo?

IMPRENSA -- Porque o FESTIVAL -- bancado por um Governo (e duas de suasestatais) que vive em guerra com a imprensa -- ocupa, claro, espaço mínimonela. Até o filme paranaense, MISTERYOS, ganhou matéria modesta no dia desua exibição. Que, por sinal, abarrotou o Auditório do MON, com mais de 500pessoas (escadas totalmente tomadas). O outros recordistas de público foram"Encarnação do Demônio", do Mojica, que tb abarrotou o auditório, e "FelizNatal", do Selton Mello).Os outros concorrentes (maratona de três programas por noite, uma de curtas + dois longas) tiveram de 200 a 400 espectadores cada.

ANNIBAL REQUIÃO -- Voltando a Roberto Requião, o governador e patrocinadordo Festival e da Escola CINETVPR. Primeiro, um registro. O pioneiro docinema paranaense, Annibal Requião (1875-1929) é tio-avô do atualgovernador. Já acompanhei -- como repórter -- dois governadores que deramapoio significativo ao cinema: Joaquim Roriz, no DF, na época do Poló deCinema (começo dos anos 90), e Tasso Jereissati (no Ceará, meados dos anos90). Estive em solenidades e entrevistas com eles. Mas nunca os vi assitindoa um filme. Pois Requião assistiu aos dois curtas e ficou para o longa doEryk Rocha (Pachamama). E, dias depois, voltou para assistir -- inteiro --ao alucinado "Encarnação do Demônio", de Mojica.

SEM FOCO -- O governador Requião recebeu os participantes do Festival paradois almoços. Um, no centro administrativo do Estado, outro em sua casa decampo (onde ele cria javalis). No primeiro, nós, integrantes do júri, nossentamos à mesa com ele (mais Frei Betto, um dos oficineiros do Festival). Primeiro, Requião disse que não fez cinema na juventude, quando tinha taldesejo, por não ter dinheiro nem equipamento. Que hoje, tem muitoequipamento na TV Educativa PR e na Escola CineTVPR, mas não tem mais tempo,nem ânimo para tal. Falou rapidamente sobre o tio-avô, Annibal Requião,lembrou sua amizade com Sérgio Bianchi e... EMITIU opinião sobre "Pachamama" (que aliás contou com apoio da TV Educ. PR). Eis, resumidamente o que eledisse: "o filme do Eryk tem partes muito boas. A da Bolívia é a melhor. Mastem umas partes que não têm foco, nenhum foco" (ele se referia aos instantesde VIDEO-ARTE do filme, quando a câmara percorre capinzais e paisagens...). No segundo almoço, não me sentei à mesa, pois Mojica, seu produtor PauloSacramento e atrizes, concorrentes ao robusto prêmio de melhor filme (80mil) e melhor direção (110 mil), estavam lá. Não reencontrei o governadorpara saber o que ele achou de "Encarnação do Demônio". Fiz questão de contarestas coisas todas, pois não é todo dia que encontramos um governador que vêfilmes brasileiros e.. mais... emite opiniões sobre eles. POR fim, lembroque, no artigo sobre FESTIVAIS que escreveu para o JB, Barretão registrou: "Nós, produtores, entendemos que festivais como Gramado, BSB, Recife,Fortaleza, Natal, Manaus e, agora, CURITIBA, onde o Governo instalou umprocesso de desenvolv. cinematográfico, podem servir de padrões para osdemais festivais". (...)

ESCOLA, FESTIVAL, EDITAL -- Em que consiste este PROCESSO destacado porBarretão? Consiste numa escola (a CineTVPR), num festival (que chegou a seuterceiro ano) e num Edital de Produção, que já premiou "Corpos Celestes(2006), Estômago (2007) e que está aberto para premiar mais um longa equatro telefilmes.

CINEMA DE RUA -- Ittala Nandi me disse que levaria, ao governador, propostapara resgatar um cinema de rua de Curitiba, muito grande, de forma que -- apartir de 2009 -- ele sedie o Festival. As sessões abarrotadas da sexta e dosábado mostraram que o Auditório do MON, com seus quase 400 lugares, setornou pequeno para o alcance do evento. Resta saber se o ProjetoCinematográfico do PR (elaborado pela gestão Requião, governador járeeleito) sobreviverá com seu sucessor (a ser eleito em 2.010).

PREMIO ANNIBAL REQUIÃO - O Festival criou o Prêmio Annibal Requião (tema dedissertação de mestrado de minha colega de júri, Solange Stecz) parahomenagear cineastas paraenses que projetam o Estado fora de suas fronteirassulistas. Ano passado, o laureado foi Marcos "Estômago" Jorge. Este ano, foio londrinense Rodrigo Grotta, diretor de "Satori Uso" e "Booker Pittman".

DEBATES, MOSTRAS E OFICINAS -- Acompanhei o máximo de debates que pude. ComFernando Severo de moderador, o FEST PR ganha em qualidade. O rapaz é muitopreparado e fez/faz excelente trabalho. Registro um pequeno senão: comdebate de três ou quatro curtas, mais dois longas (havia mesas com até dezpessoas, somando diretores, atores e técnicos) sobra pouco tempo paraperguntas (da platéia) mais elaboradas. O ideal seria colocar os curtas às10h00. E os longas, às onze (da manhã). Renderia mais. Mesmo assim, ClaudioValentinetti saiu entusiasmadíssimo do debate de Selton Mello. Que estavamesmo em uma manhã ILUMINADA, inteligente, corajoso e... o "sal da terra" --segundo Zanin -- cheio/pleno de HUMOR.

CURADORIA -- Ittala Nandi precisa, com urgência, apurar o conceito e alcancedo Festival: se ele continuar com o pomposo nome (gramadiano, por sinal) deFestival do Paraná de Cinema Brasileiro e Latino, mais países terão que serconvocados (além dos hispano-americanos: franceses, italianos, espanhóis,portugueses, etc). Este ano, foram 8 brasileiros e três argentinos. Ou setorna um festival Brasil versus Argentina (com 5 concorrentes de cada lado),ou Latino-Americano (com Venezuela, Cuba, Peru, Arg., Chile, etc), ou LATINO(aí, o alcance é bem maior). A Jornada da Bahia também vem enfrentando esteproblema. Define-se como Internacional, mas não tem ido além do mundoibérico. Portanto, só fala duas línguas (espanhol e português). O recorte"Internacional" implica em filmes de 4 ou 5 continentes e em dezenas depaíses e idiomas.

CINEMA QUE PENSA - Eryk Rocha e Paula Gaitán levaram para o Fest PR oprojeto "Cinema Que Pensa", nascido no Rio (e que já viajou por Havana eSalvador). Já são 8 edições. Alunos da CineTVPR assistiram, com interesse,aos debates (principalmente aos vespertinos). E viram filmes como "OsHabitantes" (do grande armênio Pelechian) e Café Arabica (magnífico"noticiero icaic", prova de que obra de encomenda pode gerar cinema damelhor qualidade)...

MACALÉ -- Entre os premiados do Fest PR aparece --como ator -- JardsMacalé. Ele (que foi ator de NPSantos no Amuleto e em Tenda) está nodelicioso curta "Tira os Óculos e Recolhe o Homem", de André Sampaio, filhode Severino Dadá. Que desta vez acertou a mão em cheio. O filme éencantador!!! Me lembro que, alguns anos atrás, no CineCeará, fiquei loucapara ver um filme do André (Sampaio) sobre a polêmica entre Noel & WilsonBatista. Mas o filme me decepcionou profundamente. Desta vez, porém, elematou a pau. Acertou em cheio. Gostei muito do filme. É metalinguístico,sim, mas tudo é orgânico, amoroso... (Como "Alphaville d. C", do PaulinhoCaruso). Agora estou louca para ver o filme que ele fez com Luiz Paulino dosSantos, chamado "Estafeta" (e exibido na Jornada da Bahia).

CANAL BRASIL -- Adorei o anúncio novo do Canal Brasil, mostrado no FESTPARANÁ 2008, com MOJICA-Zé do Caixão + ZEU BRITO + PAULO MOSKA+ PERÉIO & com Lázaro Ramos na TV (dialongando com o público). Com ótimamúsica, bom humor, serenidade e sem a histeria (e esterilidade) do anúncioapresentado em Gramado 2008.Isto (ESTE) sim, é gostoso deOUVIR-VER. Eles -- os 5 apresentam programas no Canal 66 -- cantando e sedirigindo ao público:Mojica ameaçando-rogando praga, e Peréio ironizando com seu tradicional"cinismo"...Por falar em PEREIO, vejam o que Selton contou no debate (DE FELIZ NATAL),em CURITIBA: Em pauta estavam as dificuldades de se dirigir BICHO (Selton faz a vozde um GATO em "7 VIDAS", curta de Mousinho & Marcelo Splomberg???.... )... SELTON CONTOU: "Walter Carvalho diz que com criança, bicho e PAULO CESAR PEREIO há que seter PACIÊNCIA..."O auditório quase veio abaixo de tanto rir. Por falar em SELTON, ele estava afiado no DEBATE.O italiano-e-brasileiro Claudio Valentinetti, que estava participando dos debates no FEST PARANÁ (ele cuidou da Mostra DINO RISI) achou/avaliou que o debate de FELIZ NATAL foi o "melhor de todos".O FEST PARANÁ tem um moderador de ponta: Fernando Severo, cineasta eprofessor da CineTVPR (Escola Sul-Americana de Cinema e TV do Paraná). Ele émuito culto, entende muito de cinema e é muito bem informado. Deu um show. Como eu estava no júri, tive que PERDER dois debates: os de Mistéryos (filme paranaense) e "Encarnação do Demônio", do Mojica. Mas fuiaos outros debates e fiz perguntas, sem emitir opinião (claro!). Sou comoWalter Carvalho: quanto mais DEBATERMOS os filmes, melhor!!!

Festival do Paranáde Cinema Brasileiro & Argentino

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